segunda-feira, fevereiro 14, 2005

 

O MEU programa eleitoral para o ES II

Dois novos pontos deste meu programa eleitoral não partidário sem ambições legislativas (pelo menos para já)
Prescrições – Enquanto existirem dificuldades em esclarecer a proveniência real do insucesso escolar, o regime de prescrições não deverá existir. Isto porque a avaliação externa e independente terá de ser verídica e responsabilizadora para ambos os agentes educativos. A própria vocação deverá ser assegurada para que as prescrições se verifiquem, pois não se poderá exigir as mesmas metas a alguém que não se sente vocacionado para determinado curso, apenas porque não existiam formas ou médias razoáveis para que o aluno conseguisse a frequência do curso para o qual sente a vocação. Excepções como a dos trabalhadores estudantes, alunos com responsabilidades parentais ou com pequenas dificuldades motoras deverão ser acauteladas, pois é um esforço notável e de incentivar quando se verifica a força de vontade para o prosseguimento dos estudos.
Gestão Profissional – O Ensino Superior é demasiado delicado para a gestão ser feita por académicos que não estão plenamente habilitados para lidar com os montantes que são entregues a cada instituição. A gestão, o planeamento, a visão a médio e longo prazo, o investimento, deverá sempre contar com agentes profissionais, de preferência externos, que maximizem os recursos e resultados e diminuam os custos para o fazer, i.é., que optimizem a Academia. Deste modo garantiremos a insenção, a fácil responsabilização dos louros ou dos erros, mas acima de tudo evitaremos questiúnculas políticas que não servem de motor às instituições.

Comments:
Em relação às prescrições, sempre fui contra enquanto existirem numerus clausus. Existindo numerus clausus e um eventual afunilamento à francesa, permitirá sempre haver segundas opções.

Em relação à gestão, não tenho ainda uma opinião formada, embora goste de algumas ideias do JVC.
 
Quanto às prescrições, o João descreve bem a realidade do ensino secundário do nosso país. E enquanto esta realidade persistir, não faz sentido haver prescrições. No entanto, penso que o mal terá de ser corrigido, talvez o João tenha alguma solução prevista no seu programa eleitoral.

Quanto à Gestão Profissional, faz todo sentido que as instituições de Ensino Superior, pela sua importância e dimensão, sejam geridas por profissionais de gestão.
 
Pode fazer sentido, mas eu sei como às vezes um gestor profissional português pensa:
se tenho 3 professores a dar aulas 30 alunos e posso ter 2 a dar aulas a 45 alunos. É claro que existe o CC e o CP para impedir o gestor de fazer isso, mas qual é o gestor que quer ter um CC e um CP a impedi-lo de fazer aquilo que ele quer?
É aqui, e noutros casos semelhantes, que eu vejo alguns problemas de aplicação. Nos EUA funciona bem, mas nem tudo o que funciona bem nos EUA se pode transpor para Portugal...
 
Uma gestão equilibrada é o ideal, um concelho cientifico-pedagógico com bom senso. Estarei a ser demasiado lírico?
 
Nem será propriamente só o CC ou o CP a impôr limites ao gestor, mas será sim, com mais autoridade todo um senado universitário. A questão social e de "serviço público" deverá ser sempre assegurada pelos órgãos políticos das universidades
 
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